quarta-feira, 19 de junho de 2013

O preço que se paga pela omissão



Antes de qualquer coisa quero dizer que sou categoricamente contra a violência, seja de manifestantes seja de policiais. Sou contra o vandalismo, a depredação, as pichações. Elas acabam não apenas custando mais aos cofres públicos, como machucando pessoas inocentes.

Mas após seis dias de protestos não vi um político que fosse dar alguma declaração para tentar resolver o problema. As únicas declarações foram elogiando a atuação infeliz da PM em quase todas as cidades. Diante de tanta omissão, sinceramente, acho que querer calma é pedir demais do povo. Depois que a policia sentou a porrada em todo mundo, pedir que as pessoas fiquem tranquilas esperando os governantes pararem de se borrar na calça e tentem alguma solução é um teste de paciência imenso.

Não quero defender o vandalismo. Mas detesto esse discurso de que ele invalida o movimento. Primeiro, porque ninguém tem sangue de barata para aguentar esperar a boa vontade do governo. Segundo, porque no Brasil parece que as coisas só funcionam quando a coisa fica feia, muito feia. E, por fim, porque, ainda bem, existe muito mais gente com boas intenções do que com más. Gente disposta a inibir esses atos depredatórios e a reparar os danos causados.

Toda ação tem uma reação. E a omissão é a mais irritante das ações.

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