quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Salve-se

Mais um vez vou mandar aquela mensagem que detesto. De novo. Ela já deveria estar salva no bloco de anotações, assim me poupava de vivenciar essas palavras novamente. Não é você, sou eu. Não sou assim. E essa necessidade recôndita de provar que não, eu não sou assim, eu ESTOU assim. Sabe o que é? Quebrou e eu não consigo mais consertar. Aí eu tive que guardar os pedaços dentro de uma caixa bem forte e perdi a chave. Por isso eu escorrego daqui, escorrego dali, desvio o olhar, disfarço e me escondo. Reproduzo um comportamento que abomino. Mas não consigo. Desculpa, tá? Eu juro que isso não é conversa fiada. Ah, você precisava me conhecer antes. Tinha criação de borboletas no estômago. Gostava de flores, de comédia romântica, de jantar. Hoje, nem um sinal de vida aqui dentro. Sei que nunca vou voltar para o mesmo lugar. Talvez eu seja assim mesmo. A vida muda a gente, né? Pode ser irreversível e você não merece isso. Nem você nem todos os outros. Então vai enquanto é tempo.



segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Atuando

Nunca tive coragem de confessar que odiei Ana Karenina e não via a menor graça na literatura russa que você adora. Tentava me mostrar interessada, mas tudo me entediava, do mesmo jeito que eu ficava quando você falava de carros ou contava pela décima quinta vez uma história de sucesso da sua vida (eram 4 ou 5 e eu não aguentava mais nenhuma delas).

Eu não me identificava com aquilo. Eu gosto de literatura latina. Eu amo Carnaval. Eu queria passar o dia na praia, torrando no sol. Eu queria ter assistido um musical na Broadway. Defendo o feminismo, os homossexuais, os negros e as outras minorias; sou a favor das manifestações, das greves, do aborto, choro com notícia de jornal; a sua opinião acerca desses assuntos me chocava. Detesto carro. Não suportava mais as mesmas histórias, as mesmas angústias, as mesmas crises, as mesmas dúvidas.

Eu atuava para mim, tentando me convencer de que tínhamos algo em comum.


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

engoli a felicidade

já diria qualquer poeta
dos mais eruditos aos de beira de estrada
que felicidade dura pouco
a minha bateu aqui na porta
eu agarrei
engoli e falei:
de dentro de mim você não sai mais, sua danada!
quero ver essa bicha escapar!

domingo, 19 de janeiro de 2014

Pra declarar...

Levarei em mim o amor da minha vida e a cidade do meu coração. #prasempre


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Vem, ano, vem

Na contramão da minha decisão de criar codornas, ao invés de expectativas, me rendi à lista de promessas para 2014.


  • Ter mais paciência com as pessoas.
  • Abrir meu coração.
  • Aproveitar o verão, essa invenção maravilhosa.
  • Ficar dourada de sol e de felicidade.
  • Sorrir mais.
  • Ser mais gentil.
  • Me apropriar desse poder de guiar minha própria vida do jeito que eu quero.
  • Ser mais bem humorada.
  • Usar menos celular e mais papel, máquina fotográfica, abraços e contato físico.
  • Mandar aqueles quilos todos pro espaço, sem passagem de volta.
  • Dar uma voadora na TPM.
  • Ver o lado bom da vida.
  • Sentir mais saudade.
  • Sentir menos saudade.
  • Fazer passeios fotográficos.
  • Ser feliz onde eu estiver e com quem eu estiver.
  • Me aproveitar de toda essa vontade de viver que descobri dentro de mim.
  • Ficar perto só de quem me faz bem.
  • Fazer novos amigos.
  • Apertar muito as pessoas que eu amo.
  • Dançar, Correr, Viajar, Ler, Escrever, Beijar, Perdoar, Amar.
  • Sambar na cara de qualquer guru ou previsão astrológica que venha dizer que esse será um ano ruim.