Amigo Chico, você certamente não sabe, mas me conquistou há
muitos anos... antes mesmo que eu nascesse. Meu nome, Ana Carolina, foi uma
mistura de tradição de família com a sua menina dos olhos tristes que guardavam
tanta dor. Desde esse dia, nunca mais ficamos longe um do outro. Com João e
Maria, lembro-me de festinhas na escola nas quais nos fantasiávamos e
cantávamos para orgulho dos nossos pais. Com Valsinha, minha falecida e
amada avó me vem à memória. Acho que ela não tinha muita ideia do quanto sua
voz era linda. Com O que será que será passei minha adolescência, época
em que acreditamos que poderemos mudar todos os males do mundo. Com Eu te
amo, vivi meus amores e chorei minhas decepções. Hoje, sonho com o dia em
que terei mina Nina e minha Beatriz para amá-las
incondicionalmente.
É Chico, você, o homem que todas as mulheres do Brasil
aceitam dividir, também é parte inesquecível de mim. Seus versos contam a
história da minha vida. E, por isso, quero acrescentar mais uma página a este
livro, mais um momento em que eu e você estaremos, novamente, frente a frente.
E eu poderei dizer, ali de longe, sem você nem me notar, o quanto agradeço por
seus conselhos.
Meu caro amigo Chico, te vejo em breve.
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