Eu sempre senti uma tremenda dificuldade de começar um texto. Na
escola, muitas vezes, eu escrevia primeiro o miolo das redações para só
depois escrever o começo. Não sei porque, mas acho extremamente
complicado encontrar uma introdução que cative o leitor desde o início.
Como se não bastasse, também sou extremamente crítica com meus textos. Por isso, tive que desenvolver uma técnica de leitura dinâmica para correções. Assim, posso passar o olho bem rapidamente no que escrevi e sair corrigindo os erros, sem desistir do texto todo. No fundo, sei que toda essa crítica e rigor tem muito a ver com o meu perfeccionismo e minha cobrança comigo mesma.
Por isso, decidi evitar ao máximo ler meus textos antigos no blog. Por mais que eu goste deles na hora que escrevo, uma semana depois já acho uma porcaria. Percebi que se eu começar a me preocupar com isso, vou acabar abandonando este blog também, como já fiz com outros.
O blog, então, vai me servir como uma terapia. Vou ter que lidar com o que penso e escrevo, gostando ou não. Terei que aprender a me suportar, suportar minhas críticas, minhas rebugices e meus sentimentalismos. Terei que aguentar meus erros de concordância, meus problemas de coerência e minhas deslizadas gramaticais.
No fim, vou ter que aprender a lidar comigo mesma, a conviver com a minha presença, com as minhas opiniões. Entender que ninguém é perfeito, muito menos eu.
Coerência em demasia faz mal para o ser humano, Carol. Mas concordo com você. É um aprendizado muito difícil conviver com si mesmo (erros, defeitos) e principalmente com a multidão de "eus" que existe em cada um. Acho que esse meu comentário não foi muito coerente... rs
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