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A conveninência também é um fator que pesa em toda essa situação: já que não estamos namorando, se eu pisar na bola ou der um escorregão ali, ninguém vai poder dizer que eu errei, magoei, trai. Se eu brigar, discutir e "acabar", vou poder dizer para mim mesmo: ah, a gente nem estava namorando.
Mas até onde será que isso é verdade? Porque uma coisa é o que a gente mostra e diz para os outros, outra coisa é o que sentimos. Será que sofreríamos menos mesmo? Será que a pessoa se magoaria menos? Será que tudo isso ameniza as decepções e tristezas e intensifica os momentos bons? Sinceramente, acho que não. Para mim isso é apenas uma forma de enganar a nós mesmos.
De agora em diante, quando eu escutar alguém dizer por que rotular?, eu vou responder e por que não?. Quem foi que disse que rótulos são necessariamente ruins? Afinal, os melhores perfumes e as melhores bebidas ainda são rotuladas. A questão vai muito além do rótulo. O que importa mesmo é ser sincero com os próprios sentimentos, é ter coragem de assumir as alegrias e as tristezas, a saudade, as decepções e tudo o que vier no pacote.
Acho que o importante é que os dois pedaços da relação estejam na mesma onda. É péssimo quando você percebe, olhando de fora, que para um é uma coisa leviana e a outra metade está envolvida até a borda. Talvez rótulos facilitem conversas sobre "o que temos"... Elas são, por vezes,difíceis de iniciar.
ResponderExcluirAi, na real isso é um saco, mesmo... quanta bobagem, quanta perda de tempo...
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