Ele resolveu voltar para Brasília e, por conta de objetivos parecidos, acabamos passando muito tempo juntos. Estudar juntos, ir para a aula, dar carona. Como os amigos eram os mesmos, além de passarmos a semana inteira juntos, nos víamos muito aos finais de semana. De repente, todo mundo começou a comentar e insinuar que isso não podia ser só amizade. Mas fingíamos que não estávamos entendendo.

Como não consigo deixar nada quieto, resolvi perguntar assim que saímos dali. Era o que eu imaginava. Mas nós não queríamos. Ou queríamos, mas não podíamos admitir. Afinal, a amizade era longa, nossos amigos eram os mesmos, imagina a confusão se algo desse errado.
Só que eu não consegui aguentar. Não tem jeito, se algo me inquieta não dou conta de jogar para debaixo do tapete. Encostei ele na parede. Não literalmente, porque não tenho essa coragem, mas quase: chamei ele para ir ao cinema. Bom... também não foi tão diretamente assim, mas soltei uma indireta de que iria sozinha e queria uma companhia. Sabia que ele não iria negar...
Fomos primeiro a uma pizzaria que ele gostava muito, mas a única lembrança que tenho é eu falando igual uma matraca, não parava nem para respirar! E ele, coitado, mal conseguia abrir a boca. Não sei se é minha visão romântica de agora sobre aquela situação, mas lembro muito bem do sorriso lindo dele enquanto eu cuspia qualquer coisa que vinha na minha cabeça. Será que ele percebeu o nervosismo? Fui eu que o intimei para o cinema, só ficava pensando se seria eu também que teria que tomar uma atitude. Já era demais, né? O primeiro passo foi meu, deixa o resto com ele!
O filme que estava passando naquele horário não era nada romântico, Wolverine. Pensei: já era, acabou o clima! Mas quando chegamos ao shopping, percebi que ele estava tão ansioso quanto eu. Nem esperou descermos do carro e me beijou ali mesmo, no meu Paliozinho velho de guerra, ano 96.
E não é que deu certo? Daí pra frente, não nos largamos nunca mais. O pedido de namoro veio em menos de uma semana, de um jeito e em um local totalmente inesperados (seguido de uma resposta linda por parte da minha pessoa: Você está falando sério?!) .
Entre alto e baixos, esse namoro já dura dois anos e meio. Com todos os seus defeitos e qualidades, com todas as nossas diferenças e semelhanças, ele é perfeito para mim, a tampa da minha panela, a azeitona da minha empada. E, juntos, sabemos muito bem brigar, brincar, rir, chorar, correr, abraçar...
Ele se mudou para São Paulo há quase seis meses. Não vou dizer que não sinto falta, a saudade é IMENSA! Mas não dá para ficar triste. Ele não deixa, ou melhor, o amor que sentimos um pelo outro não deixa. A saudade que sentimos não é sinônimo de sofrimento, é sinônimo de uma certeza que se torna cada dia maior: a de que temos muita coisa para vivermos juntos ainda.
É por isso que eu posso dizer com tanta segurança que esse é o maior amor do mundo! S2
Acho lindo essas histórias de amor :) Ownnn
ResponderExcluirAgora falta o casório hehehhe
Beijokas
Só uma coisa a dizer: que lindo! <3
ResponderExcluiraaa que fofa!! =)
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