09 de março. Valeu a pena?
quinta-feira, 31 de março de 2016
Fragmentos em um bloco de notas
09 de março. Valeu a pena?
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quinta-feira, 24 de março de 2016
Felicidade proibida
Foi inusitado. De repente, começou a demonstrar um interesse desproporcional. Poucos meses atrás eles nunca haviam trocado uma palavra. Agora, parece que cada postagem é um motivo pra puxar assunto.
Aquela devia ser a segunda vez que se encontravam. Ele chegou com uma intimidade que não existia, tocando no seu ponto fraco: a tatuagem nova. Ela poderia ter balançado, mas sabia que aquele acesso era proibido. Como se não bastasse, aqueles copos que secavam feito água no deserto tinham que ter algum efeito. E teve. O abraço apertado e a declaração fora de hora a fizeram ligar os pontos dos últimos meses.
Não precisou de muito esforço, horas depois ele despejava em cima dela tudo o que já estava desconfiada. E, apesar de assustada, sentiu uma felicidade proibida lá no fundo. Sabia que nada aconteceria entre os dois e não era só por conta da aliança. Se já era fechada às oportunidades, quem diria às histórias que já começavam tortas.
Mas precisou admitir: nosso ego é mesmo egoísta. Saber que alguém era capaz de sentir tudo aquilo por ela sem, ao menos, conhecê-la direito, a fazia bem. Saber que ela ainda era apaixonável para alguém nesse mundo, era reconfortante. Uma felicidade proibida, mas autêntica.
Falou qualquer coisa para cortar assunto, com um sorriso escondido. Era sexta-feira. Ajeitou o batom vermelho no espelho do carro e foi sorrir para o mundo.
Aquela devia ser a segunda vez que se encontravam. Ele chegou com uma intimidade que não existia, tocando no seu ponto fraco: a tatuagem nova. Ela poderia ter balançado, mas sabia que aquele acesso era proibido. Como se não bastasse, aqueles copos que secavam feito água no deserto tinham que ter algum efeito. E teve. O abraço apertado e a declaração fora de hora a fizeram ligar os pontos dos últimos meses.
Não precisou de muito esforço, horas depois ele despejava em cima dela tudo o que já estava desconfiada. E, apesar de assustada, sentiu uma felicidade proibida lá no fundo. Sabia que nada aconteceria entre os dois e não era só por conta da aliança. Se já era fechada às oportunidades, quem diria às histórias que já começavam tortas.
Mas precisou admitir: nosso ego é mesmo egoísta. Saber que alguém era capaz de sentir tudo aquilo por ela sem, ao menos, conhecê-la direito, a fazia bem. Saber que ela ainda era apaixonável para alguém nesse mundo, era reconfortante. Uma felicidade proibida, mas autêntica.
Falou qualquer coisa para cortar assunto, com um sorriso escondido. Era sexta-feira. Ajeitou o batom vermelho no espelho do carro e foi sorrir para o mundo.
sexta-feira, 18 de março de 2016
Saudade não tem cor
A música toca repetidamente no som do carro. As janelas estão todas fechadas e a voz de Bethânia faz os vidros se arrepiarem, assim como a minha pele.
"Luto preto é vaidade
nesse funeral de amor
o meu luto é saudade
e saudade não tem cor".
"Luto preto é vaidade
nesse funeral de amor
o meu luto é saudade
e saudade não tem cor".
Há dois anos eu tatuei saudade no meu braço, com a letra dela que foi meu maior amor. Há cinco anos eu abri um blog cujo título fala em saudade. Há um ano, outra tatuagem demonstrando toda a minha saudade de um grande amor. E eu ainda me espanto como o universo costura e entrelaça essas palavras na minha vida: amor... saudade... saudade... amor... em um ciclo sem fim. Como se minha missão fosse esse constante ter e perder...
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