sexta-feira, 9 de maio de 2014

Essa dor chamada amor

Dói, dói mesmo. Parece que foi ontem, sabe? Lembro-me muito bem da náusea , daquela sensação de perder o chão, da falta de ar. Dói pra caramba. Dói fisicamente. 

O coração parece que vai sumir, o sono vai embora só pra maltratar um pouco mais e nem aquele prato especial da sua mãe parece apetitoso mais. Dá uma puta vontade beber, encher a cara mesmo, desde a hora que acorda, pra ver se o dia fica mais fácil de suportar, pra ver se tomamos coragem de ligar e falar umas verdades.

Tem dias que abrimos os olhos e só queremos dormir de novo, ou morrer, ou ficar desacordado até que essa dor maldita passe. Tem dias que acordamos querendo que o mundo se foda, eu sou mais eu, agora ninguém me segura. Mas aí voltam às lembranças e todo esse ânimo vai embora de novo.

Dói, viu? Dói porque não é só a perda de um amor, é uma aposta carregada de expectativas e sonhos, um projeto de vida. Dói saber que tudo o que vocês planejaram juntos foi realizado com outra pessoa, sem nenhum escrúpulo, preocupação ou vontade de preservar o que vocês tinham juntos. É uma dor desesperadora.

Mas passa ou, pelo menos, torna-se suportável. Pode demorar mais ou menos, mas já já você vai lembrar sem chorar, sua respiração vai voltar e seus dias terão mais sentido. Não se preocupa. A ferida é difícil de cicatrizar, contudo talvez você tenha mais facilidade do que eu em se livrar das mágoas e seu coração estará, em breve, pronto porta viver tudo de novo.

Não se preocupa, você não vai morrer disso. Talvez uma parte você morra, mas você perceberá que tem muito mais vida ao dentro do que imaginava. Respira fundo, me dá a mão e vamos em frente.

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