quarta-feira, 28 de maio de 2014

Laços

E quando a gente se joga assim, não sei mais onde eu sou eu e você é você.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Devagar, devagarinho

Sem ontem e sem hoje. Apenas um beijo de cada vez. Um sorriso de cada vez. Uma respiração de cada vez. 

Um segundo de cada vez.
 
Vem comigo?

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Engolindo palavras

Diziam que ela nunca sufocaria com as palavras, mas não sabia mais quantas vezes quis dizer como adorava se perder naqueles olhos e só conseguiu respirar fundo, engolir seco e virar para o lado.

domingo, 25 de maio de 2014

Momentos

Todos os dias ele passava debaixo daquela janela, para lá e para cá. Escutava a mesma música, olhava para cima e a via flutuando pela sombra da cortina. Ficava ali por 5 minutos, 10 minutos, meia hora. Pegava uma pedra no chão, ensaiava jogá-la, mas a colocava no bolso. Repetia esse ritual há dois meses e cada pedra que guardava era um tantinho a mais de coragem que encontrava.
Todos os dias ela ligava o som na mesma música, colocava sua saia velha de ensaio e dançava pelo quarto. Tentava enxergar através da cortina, sem precisar chegar à janela. Dançava por 5 minutos, 10 minutos, meia hora. Chegava perto, bem perto da janela, mas voltava para trás. Repetia esse ritual há dois meses, desde que o havia visto pelo reflexo do espelho do quarto. E a cada passo que dava para trás se entregava mais ao seu medo.
Todos os dias, enquanto voltava para casa, ele pensava: Ela vai ser minha. Enquanto isso, ela sentava no chão e chorava: Ele nunca será meu.

sábado, 24 de maio de 2014

O gosto

- Moça, você tá bem?
- Sim...
- Você está chorando...
- Não se preocupe, são lágrimas de alívio.
- Como assim, lágrimas de alívio? - uma novidade para um menino de 9 anos.
- Sabe o que é? Ás vezes a vida machuca tanto a gente que nosso coração vai apertando, apertando, até ficar duro igual a uma pedra. Aí, parece que a gente nunca mais vai conseguir sentir nada: nem muita alegria, nem muita tristeza.
- E não tem médico pra isso?
- Tem não.
- E remédio?
- Só o tempo.
- Mas tempo não compra.
- Não, tempo a gente espera.
- É por isso que você tá chorando? Porque o tempo tá demorando?
- Não, eu tô chorando porque o tempo passou, a pedra amoleceu e eu percebi que tinha tanta mágoa apertada dentro do meu coração que precisei dessas lágrimas para colocar tudo pra fora.
- Hummm, quer dizer que sua mágoa virou água?
- Virou lágrima.
- Então a mágoa é salgada?
- Pode ser amarga também.
- Acho que não gosto de mágoa, só gosto de doce.
- Eu também.
- Então porque engoliu mágoa?
- Sabe quando sua mãe diz que você tem que comer salada para crescer saudável e você é obrigado a comer mesmo sem gostar? Com a mágoa é igual. Aliás, com a mágoa, com a raiva, com a tristeza. Ninguém gosta, mas se a gente não provar, não crescemos fortes.
- Entendi. Acho que sou pequeno pra ser forte ainda... Quer um pouco de alegria? - disse, oferecendo-me seu chocolate.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

O mito da felicidade

Tento descobrir quem inventou a tal fórmula da felicidade que andam espalhando por aí. O tripé é simples: um bom emprego, um marido e filhos, tudo antes dos 35, claro.

Daí derivam uma série de mandamentos irrefutáveis. Dentre eles a ideia de que até os 20 e poucos anos a gente pode se divertir, depois chega a idade de constituir família e tal, o melhor é mostrarmos que somos mulheres de família, "pra casar". E não importa o quão intensa e agitada tenha sido sua juventude, ficou tudo no passado. Se você não aproveitou a vida até aí, timing errado, pague o preço.

Esse mandamento está fortemente atrelado a um outro, que diz que toda mulher solteira perto dos 30 é, pobrezinha, uma coitada. Vai ficar para tia, vai criar gatos, será que virou lésbica? Afinal, como uma mulher pode ser feliz sem a chancela masculina? Como ela pode viver bem sozinha, cadê um homem para lhe dar sentido a vida?

Desses dois mandamentos, surge um terceiro, interessantíssimo: a despeito de toda revolução sexual e da liberdade que alcançamos para poder casar por amor, descasar quando quisermos e até nunca casarmos, o tal do casamento continua sendo um objetivo a ser perseguido (por mulheres perto dos 30, principalmente) e não a consequência de um relacionamento entre duas pessoas profundamente conectadas. O melhor comentário que ouvi esses dias, vindo de uma amiga, foi: em pleno século 21 as pessoas continuam se casando pelos mesmos motivos que faziam em 1500 - para ter uma testemunha na vida, para não ficar só, para ter filhos, para ter status, porque as pessoas cobram. No fim, a gente conta nos dedos quantas pessoas casam porque realmente sentem que estão em um relacionamento que faz sentido.

Me incomoda profundamente ver mulheres lindas, independentes, fortes, reproduzindo a fórmula mágica: "Não tenho mais idade para ser solteira.", "Eu deveria estar constituindo uma família" e, a pior de todas, "Queria estar casando nessa idade". Como se o casamento fosse a linha de chegada, não uma parte do percurso de duas pessoas que se amam. 

Relacionamento exige muito mais do que vontade e amor. Exige maturidade, paciência, respeito às suas vontades e às vontades do outro, zelo, autoconfiança, prazer e uma conexão profunda entre duas pessoas, que ultrapassa a atração física. Mesmo com tudo isso, uma hora as coisas podem mudar de rumo e a conexão se perder. Não faz muito sentindo, então, colocar o peso do "para sempre" em cima de duas pessoas que irão mudar ao longo dos anos, como qualquer ser humano. 

Assim como não faz sentido acreditar que a sua companhia não te basta para te fazer feliz. 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Aceite seus sentimentos

Passei muito tempo procurando culpados pela minha dor. Escrevi incessantemente para ver se as palavras levavam toda aquela aflição embora. Muito mais do que textos no blog, precisei de meses de análise, horas de meditação, leituras, conversas e um exercício difícil de auto análise para entender que ninguém tem culpa pelo meu sofrimento, a não ser eu mesma.

Não, não é loucura, ninguém escolhe sofrer, é claro. Mas a maneira como lidamos com as rasteiras da vida são determinantes no nosso processo de superação. Minha escolha não foi consciente, mas foi uma escolha. Eu remoí acontecimentos, alimentei mágoas e sustentei uma raiva maior talvez do que todo amor que esteve comigo por tanto tempo. Eu criei uma imagem distorcida dos acontecimentos, da história e do protagonista. Eu me indignei e perguntei incontáveis vezes o porquê daquilo tudo. Eu joguei a culpa em outra pessoa.

O motivo de tanta incompreensão era muito simples: eu me recusava a olhar para dentro da relação desfeita. Era mais fácil me sentir enganada e abandonada do que admitir que no fundo eu já sabia como tudo iria acabar. Era mais muito mais fácil criar um monstro que me assombrava todo santo dia do que admitir que fui covarde.

Não fui pega de surpresa, não fui enganada, não fui abandonada. A minha constante insegurança e sensação de estar sozinha no relacionamento eram apenas o prenúncio do que viria. Meu erro foi ter depositado a responsabilidade pela minha felicidade em cima de outra pessoa que mal dava conta da própria felicidade. Coloquei um peso imenso nas costas da relação e criei uma expectativa perigosa. Me desliguei de mim, dos meus desejos e das minhas vontades.

E quando a gente coloca a culpa do nosso sofrimento nas mãos de outra pessoa, ou nas mãos de uma cidade, de um projeto de vida, de um emprego, a gente joga também a incumbência pela nossa felicidade. A gente abre mão de lutar pelo que nos faz bem e coloca a responsabilidade em terceiros. Mas a dor é nossa e ela só existe porque ali no fundo tem uma porção de coisas que a gente se recusa a acessar.

Aceitar o sofrimento, as angústias, a saudade, o amor, o prazer é aprender a assumir o controle sobre nossas próprias vidas,  as rédeas do nosso próprio caminho.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Favor

Só te peço um favor:
Se um dia eu conseguir olhar nos seus olhos,
Não me deixa escapar.

Espelho

Por que o despertador tocava sempre tão cedo? Ainda tonta, levantou-se para cumprir a mesma rotina de sempre e foi escovar os dentes. Desde quando o espelho estava quebrado? Aliás, quando é que ele não esteve? Não conseguia mais lembrar a última vez que viu sua imagem inteira pela manhã. Todos os dias, a visão de si era fragmentada, em pedaços.

Fixou-se naquela rachadura a procura de uma brecha, um pedaço de vidro que a mostrasse como ela era. Já havia se sentido inteira, tinha certeza disso. Houve uma época em sua vida que teve certeza de tudo: de quem ela era, do que queria e como seria seu futuro. Até que se partiu em mil pedaços. Por que estava tão difícil resgatar essa memória?

Passava os olhos naquelas linhas que cortavam o espelho de uma ponta a outra e tentava entender quem aparecia naquele caleidoscópio. Quem era aquela mulher paradoxal e tão complexa que não conseguia se enxergar completamente?

Lembrou-se de como, ainda adolescente, era romântica e queria viver um conto de fadas. Hoje, tão durona e cheia de si, não mostrava para ninguém o coração mole e tão maltratado que carrega. Comprava flores para a casa, tentando trazer um pouco mais de cor e leveza para esse mundo tão racional que ela escolheu viver, mas não conseguia dar abraços calorosos como já soube fazer tão bem.

Era feminista sim, não tinha medo de falar disso. Acreditava que mulher tem que pagar a conta e homem ajudar na cozinha, mas, ah, era cheia de inseguranças machistas, principalmente em relação ao seu corpo.

Gostava muito de ser livre, gostava da sua independência. No entanto, sentia falta, nem que fosse uma vez por mês, naquele período que ela chorava por um dia inteiro enquanto acabava com um litro de sorvete, de ter alguém para se enfiar debaixo do cobertor e ver filme abraçada.

Também queria ser mãe, não agora, mas queria, nem que fosse solteira, ainda que não desejasse que seu filho crescesse sem pai como ela.  Seu maior medo na vida era de não poder gerar um filho, maior até do que sua fobia por cobra. Apesar disso, defendia o aborto, mesmo sabendo que jamais teria coragem de fazer um. Esperava que um dia toda mulher pudesse ser dona de seu próprio corpo.

Adorava namorar, teve relacionamentos muito longos e muito próximos um do outro. Mas nunca teve a menor paciência com joguinhos e artimanhas do amor. Queria mesmo é que todo mundo fosse sincero e dissesse logo o que sente. Não sabia mentir para impressionar, não conseguia dizer o que não sentia. Também não dizia o que sentia, embora seu coração fosse tão perto da boca. Um dia vai engasgar com todas as palavras que empurra garganta abaixo.

Falava em poliamor, relações abertas, achava essa ideia de monogamia bem maluca, no entanto, nunca traiu quem amou e achava que jamais teria maturidade para uma experiência dessas.

Acreditava muito nas pessoas. Tentava sempre ver o lado bom de todo mundo e custava a crer que elas mentiam, enganavam, traíam. Quando isso acontecia, sua tendência era quase sempre de colocar peso nas suas próprias costas, carregando uma carga de culpa que não era dela. Estava exausta dessa autopenitência.

Apesar de não conseguir resolver nem uma parcela mínima de seus problemas internos, possuía um autoconhecimento invejável.  Era capaz de enumerar todos os seus defeitos e qualidades, suas causas e consequências, sem hesitar.

Era assim, esses pedaços dela mesmo que enxergava, mas não conseguia juntá-los em uma só imagem. Sempre achava que faltavam partes, algumas não se encaixavam direito. E, todas as manhãs, sabia que precisava trocar aquele espelho. Mas não fazia.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Essa dor chamada amor

Dói, dói mesmo. Parece que foi ontem, sabe? Lembro-me muito bem da náusea , daquela sensação de perder o chão, da falta de ar. Dói pra caramba. Dói fisicamente. 

O coração parece que vai sumir, o sono vai embora só pra maltratar um pouco mais e nem aquele prato especial da sua mãe parece apetitoso mais. Dá uma puta vontade beber, encher a cara mesmo, desde a hora que acorda, pra ver se o dia fica mais fácil de suportar, pra ver se tomamos coragem de ligar e falar umas verdades.

Tem dias que abrimos os olhos e só queremos dormir de novo, ou morrer, ou ficar desacordado até que essa dor maldita passe. Tem dias que acordamos querendo que o mundo se foda, eu sou mais eu, agora ninguém me segura. Mas aí voltam às lembranças e todo esse ânimo vai embora de novo.

Dói, viu? Dói porque não é só a perda de um amor, é uma aposta carregada de expectativas e sonhos, um projeto de vida. Dói saber que tudo o que vocês planejaram juntos foi realizado com outra pessoa, sem nenhum escrúpulo, preocupação ou vontade de preservar o que vocês tinham juntos. É uma dor desesperadora.

Mas passa ou, pelo menos, torna-se suportável. Pode demorar mais ou menos, mas já já você vai lembrar sem chorar, sua respiração vai voltar e seus dias terão mais sentido. Não se preocupa. A ferida é difícil de cicatrizar, contudo talvez você tenha mais facilidade do que eu em se livrar das mágoas e seu coração estará, em breve, pronto porta viver tudo de novo.

Não se preocupa, você não vai morrer disso. Talvez uma parte você morra, mas você perceberá que tem muito mais vida ao dentro do que imaginava. Respira fundo, me dá a mão e vamos em frente.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

A ostra

Entrou no carro com a imagem fixa de uma ostra na cabeça. Esqueceu-se de falar sobre isso com a analista. Ou talvez não tenha dito de propósito, aquelas manhãs ainda eram um exercício sofrido na sua rotina. Abrir-se para o desconhecido, expôr suas fraquezas, não sabia que seria tão difícil.

A conversa de hoje havia passado pela sua mãe, pelo fim do seu namoro e pelas mudanças que vem experimentando em sua vida, os tópicos principais se repetiam desde a primeira sessão. As brigas, o abandono, a incompreensão, o mundo desconhecido onde ela foi obrigada a caminhar. E essa sua indiferença com as pessoas que ela não reconhecia.

Me disseram uma vez que o danado do amor pode ser fatal / dor sem ter remédio pra curar, tocava na rádio, sempre nas horas mais dolorosas. Daí lembrou-se de uma frase que rondava constantemente seus pensamentos: "O que mais me encanta é que você sabe cuidar dos seus". Por isso ele acreditou, por quase quatro anos, que ela era a mulher da vida dele. Mas ela não sabia mais quem era essa mulher. Não sabia mais quem era aquela que cuidava, se preocupava, se importava. Estava difícil cuidar até mesmo dela. Não encontrava mais a mulher que se entregava de todo coração, que abraçava com força e não media esforços para ajudar quem ama.

Os amigos faziam piadas sobre o seu coração de pedra: sugeriam, constantemente, uma ida ao Mágico de Oz. Quem diria, uma ex-manteiga derretida, chorava até com propaganda de margarina, começando a sufocar com tanto choro engasgado. Não se comovia, não se emocionava, chegava a mudar de calçada quando aparecia uma flor e dava risada do grande amor (mentira!).

Criou uma armadura em volta de si. Protegia-se. Aderiu à regra do terceiro encontro: era o suficiente para que ela desanimasse e não quisesse mais. O primeiro era ótimo, o segundo ok, o terceiro nhé, era aquela hora da chuva de poréns. "Ê ê, ela não é de nada, oiá, essa cara amarrada é só um jeito de viver na pior", dizia a voz bonita.

E enquanto dirigia para casa, pensava na capacidade que sua mente tinha de destruir toda e qualquer possibilidade de conquista do seu coração. Desenvolveu uma grande habilidade auto-sabotagem, capaz de cercar esses invasores desconhecidos de defeitos (muitos dos quais puramente inventados) e destruí-los por completo.

Chegou em casa, finalmente. Só queria descansar um pouco a cabeça, que fervilhava com todo tipo de angústia. Ligou a TV em um daqueles canais que ela nunca prestava atenção, mas faziam companhia quando a solidão parecia insuportável: "A ostra é um molusco com o corpo mole, protegido dentro de uma concha altamente calcificada. Quando um parasita invade seu corpo, ela libera uma substância chamada madrepérola, que se cristaliza sobre o invasor. Depois de cerca de três anos esse material vira uma pérola.""

Percebeu então que, pelas suas contas, faltava ainda um ano e meio para que seu coração abrisse novamente.

terça-feira, 6 de maio de 2014

O uso indiscriminado de eufemismos

Gostaria de entender de onde vem essa mania de falar meias verdades. De repente as pessoas acham que usar eufemismo no lugar da sinceridade é legal. E o medo de ser responsável pelo sofrimento alheio, evitando a verdade nua e crua (porque não?!), transforma tudo nessa bola de neve, sofrimento e mágoa que não tem fim.

É o velho eu te amo, mas estou confuso; você é a mulher da minha vida, mas preciso de um tempo, hoje não dá, mas a gente vai se falando (e você fica igual um idiota esperando a ligação que nunca chega). Achando que, contando a verdade aos poucos, a dor será evitada. Mas, amigos e amigas, eu digo, não será.

Essa história de contar a verdade a conta gotas é responsável, lhes asseguro, por grande parte dos corações partidos, das feridas abertas e das relações mal resolvidas. "A verdade dói" é a maior das verdades que já escutei, mas ela dói muito menos quando contada de um vez só, sem perhaps, sem reticências.

Se você fosse condenado a levar uma surra na vida, preferiria levar um soco um dia, um chute no outro, depois um tapa na cara, ou seria melhor apanhar tudo de uma vez? Pois é exatamente esse o ponto. Quando a surra é aos poucos, a gente nunca se recupera direito. Quando a porrada vem de uma vez, pelo menos você sabe que pior do que está não fica.

Faço aqui meu mea culpa, pois virei especialista em meias verdades e profissional em escorregar daqui e dali, sem ter coragem de dizer o que eu realmente sinto (talvez por ter aprendido com os melhores a arte de não ser sincera com quem gosta tanto da gente), e proponho um exercício para o bem e a sanidade de todos: quando o coração não quiser mais, quando aquela companhia não for mais agradável, quando você olhar para ele ou para ela e não encontrar mais aquilo que te fez sonhar com talvez passarem uma vida juntos, não sinta culpa, ninguém é obrigado a gostar de ninguém. Mas, por favor, sinceridade: eu não te amo mais; infelizmente você não é o homem da minha vida; ou, em casos de affairs passageiros, desculpe, mas não sinto mais vontade de sair com você.

Ninguém vai morrer, eu asseguro.