Acordou azedo e foi dormir amargo. Não se sentia parte daquela vida, não encontrava seu lugar.
Queria tudo ao mesmo tempo e, ao mesmo tempo, não queria ninguém. Cansou de colecionar corações partidos, ainda que nenhum deles estivesse ferido quanto o seu. Cansou de colecionar amores perdidos que só serviam para aumentar seu vazio.
Queria tudo ao mesmo tempo e, ao mesmo tempo, não queria ninguém. Cansou de colecionar corações partidos, ainda que nenhum deles estivesse ferido quanto o seu. Cansou de colecionar amores perdidos que só serviam para aumentar seu vazio.
Encostou a cabeça no travesseiro, um pouco tonto das taças de champanhe do jantar. Queria relembrar sensação e resgatar sentimentos, mas não conseguia. Precisava se reencontrar, esse estado de embriaguez que o anestesiava durava tempo demais.
O telefone tocou. Por mensagem, ela fazia mais uma das suas gracinhas que o deixava feliz. Ora era uma piada tão ruim que ele ria por achar fofa, ora era apenas uma das suas observações sarcásticas a respeito da vida. Ela o fazia rir. Ela o fazia querer que a noite tivesse 36 horas. Ela o fazia ter vontade de não fazer nada em uma tarde chuvosa. No instante que percebeu isso, começou a tempestade de poréns na sua cabeça.
Adormeceu. A mensagem ficou sem resposta. Nunca mais se falaram.
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