No fim das contas, descobriu que há sofrimento na falta de sofrimento. Que há amor em todo esse vazio.
Descobriu que seu coração era, provavelmente, o músculo mais ativo de seu corpo. Perdia até mesmo para suas pernas acostumadas a 25 quilômetros por semana. E que ele, sedentário, adoecia enquanto ela secava por dentro.
Ela perdia a compaixão, a empatia.
Ela fazia mal aos outros.
Descobriu que não existia academia para o coração, nem exercício para o amor. Só deixando o passado assumir seu lugar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário