Olha pra mim. Mas olha de verdade. Olha no fundo dos meus olhos e me diz: o que você vê? Por favor, me diz que você enxerga algo além desse vazio que eu sinto. Diz pra mim que ali no fundo tem uma luz de esperança.
Me fala que você viu as tais borboletas. Conversa com elas, pede para elas ficarem, tenho certeza que atenderão seu pedido. Conta que você viu ali uma pontinha de carinho, um tantinho de entrega, um coração amolecendo, uma vontade de ficar e não de sair correndo como tantas vezes eu fiz.
Vai, olha direito e me conta. Fala que você viu paredes se colorindo e até uma névoa indicando que a temperatura ali dentro começou a subir. Viu dança, notas musicais. Diz que esse aperto no peito não é mais o laço da angústia, mas o da vontade. Não sei mais diferenciá-los.
Agora vem e me abraça, abraça forte, não me lembro a última vez que recebi um abraço tão bom assim. Me abraça e fica um pouco mais.
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