O domingo é implacável, não dá folga aos corações partidos.
Segunda, não, segunda é dia de dieta nova, ir para a academia, se matricular naquela aula de culinária, fazer promessas de um novo amor. Segunda é um eterno réveillon.
Mas domingo, ah, o domingo, é dia de ferida aberta, de pronto socorro amoroso, de filme água com açúcar na TV e balada sertaneja no som. O eterno dia da saudade, da dor de cotovelo. É o dia mundial da panela de brigadeiro, a quarta-feira de cinzas semanal.
Domingo é o dia de travar batalha contra o celular, de pedir colo para a melhor amiga, de detonar um pote de sorvete em meia hora. É dia de compor uma música, pintar o quadro ou escrever um texto para o blog.
Domingo é dia de sentir muito ou sentir por não sentir nada. Dia de brigar com o espelho, de por qualquer (não) sentimento em xeque. Ah, coração leviano, ainda vai sofrer em dobro por tanto desamor...
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