Da última vez que se encontraram ele reafirmou: ela ainda era
a pessoa que mais o conhecia na vida. E provavelmente será por muito tempo. Afinal,
não foram dias, meses, foram anos. Não foi um casinho, mas o relacionamento
mais sério, mais consistente que já tiveram.
E é por conhecê-lo tanto que ela às vezes se pergunta como
isso tudo começou e porque tomou o rumo que tomou. Porque ela sabe que isso não
é coisa dele. Porque ela sabe do que ele gosta e não gosta, do que ele acredita
e não acredita. E sabe que isso, definitivamente, não condiz com a
personalidade dele.
Mas ela também sabe do quanto ele é inconstante. Sabe como
as coisas mudam na cabeça dele em questão de dias. Desde que o conhece ele não
relaxa em absolutamente nada que faz. Sua empolgação dura poucos meses e logo,
logo ele já quer mudar. É assim com os planos, é assim com a profissão, porque
não com o amor, né?
E se é assim com o amor também, sente pena, muita pena.
Porque agora foi com ela, amanhã será com a outra, e ele pulará de galho em
galho, até não encontrar mais ninguém disposto a embarcar em tanta angústia,
tanta ansiedade.
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