quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Nova chance


Não, não tinha paciência com as pessoas e isso não era segredo para ninguém. Tinha lá aquele sorriso que ele tanto adorava, mas a verdade é que, quando se conheceram, ela vestia uma armadura quase impossível de atingir. Mas não é que alguma coisa nos seus olhos fez com que ele enfrentasse toda aquela marra?

Era tudo tão incrivelmente natural que parecia que o universo estava montando, cuidadosamente, peça por peça dessa história. Do primeiro encontro à distância, à convivência, aos corações maltratados. Da sinceridade à vontade de se abrir, de falar, de ter cuidado um com o outro.

Os (poucos) momentos que ela ficava sem ele, ainda eram marcados pelos medos e os questionamentos. Aquela chuva de "e se" que não abandonava sua cabeça virginiana metódica nem seu coração cheio de feridas mal cicatrizadas. Mas bastava ver aquele sorriso (do qual ela havia decorado cada detalhe) para que tudo desaparecesse e eles quisessem só estar juntos.

E ficaram juntos. Não sabem até quando e nem aonde o universo irá conduzí-los. Eles só sabem o quanto é bom ter tanta energia, tanta química, tantos sorrisos e palavras em comum. E o quanto é bom saber que, apesar da vida, eles podem, novamente, se dar uma nova chance.

Nenhum comentário:

Postar um comentário