Passaram-se mais de seis anos até que eu tivesse coragem de fazer essa visita. O céu estava, novamente, dando seu show. O dia estava, novamente, lindo. E eu caminhei entre aquelas árvores como quem caminha em um parque, como se eu fosse encontrá-la sentada em um banco qualquer.
Parecia que eu já havia estado lá tantas vezes, cada passo que eu dava era uma fotografia na minha memória. Não tive dificuldades para achá-la. Talvez ela tenha guiado meus passos.
E ali passei alguns minutos, sentada na grama, olhando para a última lembrança que eu tinha de uma vida inteira de boas recordações. Eu, que a tanto tempo não rezo, comecei a contar meus últimos seis anos e tudo o que eu queria que ela tivesse presenciado. Eu, que nem sei mais em que acredito, pedi sua proteção, sua ajuda, seu cuidado.
Voltei por aquele longo caminho com o coração leve como há anos não sentia. E com aquela vontade enorme no meu coração de ser feliz, pois era disso que ela se orgulhava.
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