Talvez fosse mais fácil ser um vinho, daqueles que começam fortes, encorpados, depois deixam um gosto tão doce na boca que faz a gente guardar o rótulo, a cor e o sabor na memória.
Se fosse uma música, seria uma sinfonia inteira, com movimentos mais vibrantes intercalados com outros mais calmos. Teria notas fortes, dessas que nos fazem sentir o coração na boca. Teria notas penetrantes, dessas que arrepiam a pele. E cada nota ficaria marcada dentro do peito, como se você fizesse parte de quem te escutasse.
Talvez você combinasse mais com um perfume. Daqueles que despertam atenção no inicio e deixam rastro por onde passam. Que nos deixam atordoados com o cheiro cítrico no início e adocicado no fim. Daqueles que não entram pelos pulmões, vão direto ao coração. E que nos fazem lembrar cada detalhe do instante em que te sentimos pela primeira vez.
Você não é uma comida, um vinho, uma música ou um perfume. Mas é todo esse misto de sensações que te faz inesquecível. Você, meu querido, é água. E se faltar, minha vida fica insustentável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário