segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Tempo

Fazem exatamente dois anos, dois anos que ela pisou naquelas terras pela primeira vez para viver a história dele. Parecia uma eternidade. Sua vida já estivera de ponta cabeça, ela já havia perdido e encontrado o rumo tantas vezes. O que acreditava ser o início de uma vida, era o começo do fim.

A praça, o museu, as comidas, o sotaque, por aquelas bandas, as marcas dele eram inevitáveis. As lembranças seriam sempre dos dois. O que havia passado mesmo era a dor. Consegui até enxergar um sorriso quando ela entendeu a nostalgia que ele sentia por sua terra natal.

Quando o celular apitou, avisando que hoje completava dois anos, ela poderia ter chorado, esbravejado. Mas deu um sorriso tímido com o canto da boca, respirou fundo e repetiu: que bom. Seu coração estava em paz por ter conseguido guardar com carinho as melhores lembranças.

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