domingo, 2 de fevereiro de 2014

Como sempre

Foto: https://www.flickr.com/photos/photosavvy

Foi o barulho do celular que me fez acordar. "Eu te amo", você mandou. Havia 3 chamadas não atendidas. Não consegui retornar, era ano novo. "Também te amo", respondi. Mas não queria dizer que estava bem com a situação.

Quando escrevi aquele e-mail, não foi por raiva, foi por rancor, ressentimento. Foi pra te dizer o que estava engasgado há tanto tempo e nem eu sabia como colocar em palavras. No fundo, queria mesmo era que você lesse, pegasse o primeiro avião e, ao menos, se desse o trabalho de me escutar. Mentira. Eu queria era sentir o conforto do seu abraço.

Ao invés disso, nem sua voz eu escutei. Algumas mensagens engraçadinhas, mas nenhum carinho sincero. Como sempre. Um medo indisfarçável de encarar a situação com o coração aberto. Como sempre. A falta de coragem de tentar mudar essa situação na qual você nos colocou. Como sempre. E eu me sentindo de novo no meu lugar de abandono. Como sempre.


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