Acordou com muita falta de ar. Peito cheio, cabeça doendo, costas pesadas. Uma gripe que não era gripe, um peso que desconhecia a razão.
Os sintomas iam e voltavam ao longo do dia. O ar faltava e retornava de repente, a dor latejava e melhorava. Ora tinha que conviver com uma euforia estranha, ora com um desânimo inexplicável.
Quando finalmente desacelerou, percebeu o que o mal que lhe acometia era o excesso de sentimentos sufocados dentro do peito. Tantos e tão fortes que não conseguia nem definí-los. Tantos e tão confusos que queria escrever, escrever e escrever... até não restar uma só palavra, uma só sensação que não tenha sido colocada no papel.
Achou melhor parar e dormir, ou aquilo duraria uma madrugada inteira.
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