segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Essa tal de Dona Vida...

Como diria um amigo (muito) querido, só essa tal de Dona Vida pode levar e trazer quando bem entender ;)

Só ela mesmo para nos derrubar, amparar, reerguer, alegrar, confundir, bagunçar, reinventar.

É só essa tal de Dona Vida a culpada por nossos planos feitos e desfeitos, a grande culpada pelas certezas e pelo montão de incertezas que elas trazem.

Ela, só ela é capaz de nos confundir, desconfundir, decepcionar e supreender.

É, Dona Vida, você foi dura. Mas desde quando eu passei a te entender melhor, você tem sido bem boazinha comigo. Obrigada.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Aquela foto

Foi traída pela tecnologia. Sem querer, abriu uma foto que evitava olhar há algum tempo. Mas apareceu e ela não conseguiu fugir.

Ela não sabe dizer se a sensação foi boa ou ruim. Ficou algum tempo parada, sem conseguir desviar os olhos... 5, 10, 15 minutos? Não sabe ao certo. Mas durante todo o tempo procurou os detalhes, tentou resgatar a emoção que sentia no momento daquela foto, tentou trazer de volta um sentimento qualquer, alguma coisa que justificasse aquele sorriso, aquele amor. Não conseguiu. Aquela não era mais ela, nem aquele era a pessoa com quem ela passou alguns anos de sua vida. Quem seriam, então? Ela não sabia.

Ela não via mais a pessoa por quem havia se apaixonado, não via mais aquele amor, não entendia como, porque, nem de que forma tinha conseguido passar tanto tempo assim com ele. Aquele era outro, um outro completamente oposto ao que ela amou. Um homem como quase todos os outros, e não a pessoa cheia de virtudes que ela enxergava antes.

Seria possível ter ficado tanto tempo cega? Ou será que as pessoas simplesmente podem mudar tanto em questão de dias? Acreditava mesmo na cegueira.

Mas achou melhor não se perguntar mais nada, nem tentar entender. Porque junto com tanta estranheza veio um alívio. Um alívio enorme por não encontrar mais aquele amor, nem um mísero sinal dele. Por conseguir olhar para a foto e simplesmente pensar que aquilo não pertence mais a ela, nem ela quer que pertença. Por ter se dado conta de que ela jamais teria vivido sua vida como queria se ele continuasse ao seu lado.

 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Horas iguais, dias iguais

Já faz tempo que o relógio insiste em me mostrar horas iguais...

10:10
17:17
20:20
07:07

E por aí vai.

OK, vida, já entendi. Está na hora de mudar. Sair desse lugar branco, quase cinza, que me sufoca, me prende e me faz até sonhar com o que eu não quero.

Está na hora de chacoalhar a vida.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Perdões e arrependimentos

Sempre tem alguém para nos lembrar aquela velha história de que é melhor se arrepender do que você fez do que você não fez. O problema é que como interpretamos essa afirmação

Fazer o que a gente bem entende é bom sim. Viver a vida do nosso jeito, ser um pouco egoísta e aproveitar as oportunidades que temos, sem pesar um milhão de ansiedades, sentimentos e expectativas, tudo isso é aprendizado e crescimento.

O que não vale é sair por aí fazendo o que bem entender, achando que "pelo menos, eu fiz". Não dá para passar um rolo compressor em cima de tudo e de todos a troco de poder dizer que viveu, que fez o que quis e é isso o que importa.

Pensando na minha vida e em várias coisas pelas quais passei até hoje. percebo que na ânsia de viver e se soltar, acabamos cometendo erros e magoando pessoas, fazendo coisas que não tem volta. Coisas que, não adianta se arrepender, o perdão talvez nunca virá...


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O último adeus ao ano que passou

2012 foi um ano inesquecível para mim. Há 3 meses eu teria dito que foi só mais um ano, há 2 eu teria dito que foi o pior de todos, hoje eu digo que talvez tenha sido um dos anos mais importantes da minha vida.

Aprendi coisas dolorosas. Percebi que só amor não basta, mesmo que tenha respeito, companheirismo, dedicação, compreensão. Mesmo que você saiba que achou o amor da sua vida, a tampa da sua panela, a azeitona da sua empada. A vida é muito mais complexa do que imaginamos e é preciso que uma série de variáveis se combinem para que tudo dê certo.

Aprendi coisas muito importantes. Descobri uma força e uma coragem dentro de mim que eu não sabia que existiam e entendi que importante mesmo é investir em mim, ser mais egoísta, me amar mais, acreditar em mim, valorizar as oportunidades que a vida me dá, ser mais leve, rir mais, reclamar menos, fazer menos cara feia, ter menos pré-conceitos, julgar menos, me irritar menos, levar as coisas menos a sério, tocar mais o foda-se, esquecer um pouco o senso de responsabilidade excessivo, entender que se eu quero eu posso.

Aprendi coisas deliciosas. Vi que amigo, amigo mesmo, move mundos e fundos pra te ver bem, não importa se ele está do seu lado todos os dias, ou em NY, Londres, Rio, Paris, São Paulo, Marte... O que importa é que o amor deles é capaz de te buscar lá no fundo e te colocar de pé. Percebi que sou mais feliz, mais leve, com o espirito muito mais jovem e uma vontade de viver muito maiores do que eu imaginava. Entendi que a vida não foi feita pra gente só passar por ela, mas para ser vivida de verdade.

Terminei o ano sabendo que não importa quantos planos façamos para as nossas vidas, quantas certezas tenhamos, nada nessa vida é pra sempre, nada é definitivo. Só nos resta mesmo ter maturidade para enfrentar os contratempos e alegria para celebrar os bons momentos.

Para 2013 eu quero vida, leveza, sorrisos. Mudanças, experiências novas, coração renovado. Novos amores, novos amigos, novos lugares (mas nunca abandonando do velhos, nem um pouquinho). Quero arriscar mais, quebrar mais a cara, aprender mais. Ter histórias pra contar daqui uns anos, ter lembranças que me façam sorrir e saudades que me apertem o coração.

Obrigada 2012, eu nunca mais serei a mesma depois de você. E, 2013, vem com tudo de bom que eu sei que você tem para me oferecer!